Especialista explica o que são terras raras e minerais no imbróglio entre Brasil e EUA
A disputa comercial entre Brasil e Estados Unidos, intensificada pelas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, ganhou um novo capítulo com a inclusão de minerais estratégicos nas conversas diplomáticas. Entre os elementos cobiçados pelos americanos estão as chamadas terras raras, essenciais para setores de alta tecnologia, e cuja segunda maior reserva mundial está em solo brasileiro. O interesse dos EUA reacende o debate sobre soberania, meio ambiente e o papel do Brasil na geopolítica dos minerais críticos.
“O Brasil é um país com grandes reservas das chamadas ‘terras raras’, um grupo composto por 17 elementos químicos essenciais para a indústria de alta tecnologia. Além dessas, o país também possui importantes depósitos de outros minerais estratégicos, como cobre, níquel, nióbio e lítio. Os dois últimos, em especial, são amplamente utilizados em setores como o de baterias e armamentos. A extração tanto das terras raras quanto desses minerais é complexa e traz desafios ambientais significativos, devido ao seu alto potencial poluidor”, explica Robson Costa, engenheiro ambiental e professor da Estácio.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o Brasil detém cerca de 25% das reservas conhecidas de terras raras, o que desperta o interesse não só dos Estados Unidos, mas também de outras potências globais em busca de autonomia energética e tecnológica. O avanço das negociações entre governos e empresas coloca o país em posição estratégica, mas também impõe responsabilidades ambientais e políticas diante da exploração desses recursos.
“Atualmente, a China é a principal exploradora e exportadora desses elementos, tendo papel estratégico na distribuição global desses insumos. Isso pode explicar o interesse dos Estados Unidos na exploração de terras raras no Brasil, não apenas pelo valor econômico, mas também pelo deslocamento do passivo ambiental gerado por essa atividade”, avalia o especialista.
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou publicamente o interesse estrangeiro nas reservas nacionais, afirmando que os recursos estratégicos do Brasil devem ser geridos com soberania. A fala do presidente evidencia a preocupação com a proteção das riquezas naturais e com a autonomia na condução de acordos comerciais que envolvem ativos tão sensíveis para o futuro econômico e ambiental do país.
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