Fundação FEAC anuncia os vencedores da 25ª edição de seu Prêmio de Jornalismo 

Premiação destacou trabalhos sobre impacto social, cidadania e desenvolvimento territorial, com vencedores em cinco categorias de Jornalismo e quatro modalidades especiais 

A 25ª edição do Prêmio Fundação FEAC de Jornalismo foi encerrada na noite desta quarta-feira (10), em cerimônia que aconteceu no Cine Prime do Shopping Iguatemi Campinas e reuniu profissionais da comunicação, representantes de organizações sociais, estudantes e parceiros da FEAC. Com o tema “Desenvolvimento Territorial – Integrando Esforços para Alavancar Transformações Duradouras”, a edição reconheceu produções que evidenciam iniciativas e ações capazes de impulsionar melhorias estruturais na Região Metropolitana de Campinas (RMC).  

O prêmio, já consolidado no jornalismo e na região, valoriza conteúdos que destacam projetos e trajetórias que promovem mudanças concretas nos territórios. A premiação contemplou quatro modalidades – Jornalista, Profissional de Comunicação, Universitária e Social (Profissional e Beneficiário) – com R$ 5 mil para cada vencedor, totalizando R$ 50 mil. Dentro da modalidade Jornalismo, foram avaliadas as categorias Fotojornalismo, Impresso, Online, Rádio, Televisão e Cinegrafista. 

Vencedores da modalidade Jornalismo 

Em Online, o primeiro lugar ficou com Heitor Moreira, do G1 Campinas, pela reportagem “‘Outra Campinas’: distritos de Ouro Verde e Campo Grande completam 10 anos com avanços, mas ainda esperam cartório e bombeiros”. A matéria destacou que, embora os distritos tenham registrado melhorias em infraestrutura e desenvolvimento comercial, ainda carecem de serviços essenciais como cartório, base dos Bombeiros, áreas de lazer e urbanização adequada. O conteúdo também contextualizou a criação dos distritos, aprovada em plebiscito de 2014 e oficializada em 2015, trazendo depoimentos de moradores sobre avanços e demandas ainda pendentes. Em segundo lugar, ficou Júnior Gomes, com a matéria “Entre linhas e sonhos: a jornada invisível de Marlene”, no site Cidadania ditada pelo CEP, e em terceiro lugar Gustavo Abdel Massih Santos, do Hora Campinas, com “Kelly tempera sonhos e impulsiona empreendedorismo em comunidade de Campinas”. 

Na categoria Televisão, a vencedora foi Nathália Henrique, da Educa TV Campinas, com a reportagem “Horta comunitária de Campinas é premiada por semear transformação social”. O conteúdo apresentou a horta comunitária do Jardim Florence, espaço que promove convivência, bem-estar e desenvolvimento local. A iniciativa integra o programa Campinas Solidária e Sustentável, com apoio técnico do Pé de Feijão e parceria da Fundação FEAC, e se tornou referência em agricultura urbana, acumulando reconhecimento nacional após vencer o Prêmio Agricultura Urbana e Periurbana. A repórter Mirna Abreu, da TV Câmara Campinas, ficou em segundo lugar com a matéria “Cooperativa Transforma Resíduo em Renda”, e Grasiele Gerondi, TV Band Campinas, com “Costura transforma a vida de 90 mulheres no Coletivo Saber em Arte”. 

Em Cinegrafista, o premiado foi Vilson Smanhoto, da TV Band Campinas, com a matéria “Projeto social de esporte transforma comunidade de Campinas”. Em segundo lugar ficou Pedro Luís Sardeli, também da TV Band Campinas, com a matéria “Coletivo Saber em Arte – Costura transforma a vida de mais de 90 mulheres”. E Vilson Smanhoto, que concorreu com duas matérias, também conquistou o terceiro lugar com a reportagem “Mãos à obra: Cooper Bassoli oferece emprego e renda”. 

Em Impresso, a vencedora foi Carolina Alvarez, do Diário Campineiro, com a matéria “Comunidade feminista consolida missão de reconstruir vidas e espera regularização”. O texto retratou a comunidade Menino Chorão, no Campo Belo, formada majoritariamente por mulheres e marcada por histórias de violência, resiliência e reconstrução. A reportagem destacou a luta pela regularização fundiária e a importância das redes de apoio estruturadas ao longo dos anos, como cozinha comunitária, horta, suporte a vítimas de violência e ações voluntárias. O segundo e o terceiros lugares ficaram com o jornal Correio Popular, respectivamente Edimarcio Augusto Monteiro com a matéria “Pesquisa “Vozes Campineiras” traz avaliação positiva e alertas”, e Israel Julio Moreira com “Programa combate insegurança alimentar e constrói cidadania”. 

Na categoria Fotojornalismo, o primeiro lugar foi para Adriano Roberto Moreira Rosa, do site institucional da Sanasa Campinas, com o registro que integra a reportagem “Individualização das ligações de água transforma realidade dos moradores de núcleo residencial”. Em segundo lugar ficou Gustavo Abdel Massih Santos, do Hora Campinas, com a foto “Kelly tempera sonhos e impulsiona empreendedorismo em comunidade de Campinas”, e em terceiro lugar Wesley Tadeu, da página da EducaTV Campinas com “Desenvolvimento Territorial – No Itatinga, Cepromm ajuda moradores a reconstruírem suas histórias”. 

Na categoria Rádio, a vencedora foi Thalita de Souza, da CBN Campinas, com a reportagem “Parque Linear da Lagoa: a transformação que nasce do cuidado”. A matéria abordou a criação do Parque Linear da Lagoa, nos Amarais, iniciativa integrante do projeto “Desenvolve Amarais” — parceria entre a Fundação FEAC e a Prefeitura de Campinas voltada à transformação de territórios vulnerabilizados por meio de diálogo e ação conjunta. O conteúdo destacou que o parque, com cerca de 4 mil m² às margens do Córrego da Lagoa, beneficiará mais de 20 mil moradores e contribuirá para a recuperação ambiental de uma área marcada pelo descarte irregular de resíduos. 

Com a matéria “Hortas coletivas transformam comunidades em Campinas”, Thalita também ficou com a medalha de segundo lugar. E Kevin Accioly Kamada, também da CBN, ficou com o terceiro lugar com a reportagem “Depois do Amanhã – O Futuro do T21 em Campinas”. 

Os vencedores das demais modalidades 

Em Profissional de Comunicação, a vencedora foi Grasiele Gerondi, com “A Transformação pela Costura”, veiculado no YouTube pela Nova Onda News. A reportagem apresentou o trabalho de Vanilda Correia Avelino e do Coletivo Saber em Arte, que utiliza a costura como ferramenta de autonomia econômica e fortalecimento emocional de mulheres. O conteúdo abordou técnicas ensinadas, histórias de superação, iniciativas de empreendedorismo e o impacto social e econômico do projeto. A jornalista Lilian Leite de Souza Bogaz ficou em segundo lugar com a reportagem “Mais que evento, é movimento!”, do canal do YouTube Streetfest 019 e Jefferson Rodrigues Da Silva em terceiro lugar com “Projeto Mural Coletivo com Vivian Massignan”, do YouTube Ozipa Criativa. 

Na modalidade Universitário, o prêmio foi concedido a Lucas Oliveira Tamari, da PUC-Campinas, pela reportagem “Raízes do Bairro”. O documentário retrata a revitalização de um espaço público que se tornou área de convivência, lazer e segurança, destacando o papel da mobilização comunitária na melhoria da qualidade de vida local. Também aluno da PUC-Campinas, o estudante Gustavo Tintori ficou em segundo lugar com a Série “Cultura Periférica”. E Nicoly da Silva Maia, aluna da UNIP Campinas, em terceiro lugar com “Capacitação feminina impulsiona o desenvolvimento territorial em Campinas”. 

Na modalidade Social – Profissional, o premiado foi Jefferson Rodrigues da Silva, da OSC Ozipa Criativa, com “Mapeamento vocação empreendedora Parque Oziel, Monte Cristo e Gleba B”. O vídeo apresenta o mapeamento da vocação empreendedora das três regiões, destacando a diversidade dos mais de 4.200 empreendedores locais, com foco em mulheres e pessoas negras, evidenciando desafios enfrentados e a importância de dados territoriais para impulsionar o desenvolvimento econômico e a economia criativa. A segunda colocação ficou com Gustavo Campos, da Associação de Assistência Social São João Vianney, com a websérie “MOV – Movimento que Transforma” e a terceira colocação ficou com Waleria Simony, também da Ozipa Criativa, com a série “Podcast Impulso”. 

Já na modalidade Social – Beneficiário, o primeiro lugar ficou com Adriel Modesto Gonçalves Lima, da OSC COMEC, autor da websérie “Ocupação Mandela”. A produção retrata a luta e os desafios enfrentados por comunidades marginalizadas, abordando trajetória, mobilização coletiva, superação de barreiras e a realidade das favelas, com contribuição de profissionais responsáveis por captação, edição, trilha e fotografia. Em segundo lugar ficou a equipe Revolução RB, da OSC Ozipa Criativa, com a série podcast “ODS na Voz”.  

Tema da edição 2026 

Nesses 25 anos, jornalistas e comunicadores contaram muitas histórias de cunho social que ajudaram a transformar comunidades, bairros e regiões de Campinas e região. E todas essas matérias e conteúdos fazem parte da história do Prêmio Fundação FEAC de Jornalismo. 

E inspirar e mudar realidades é algo que está na essência do prêmio, nada como aproveitar o momento de celebração do potencial dessas matérias para falar do próximo passo. Ao final da premiação, Renato Nahas, presidente do Conselho Curador da Fundação FEAC anunciou o tema da 26ª edição do Prêmio Fundação FEAC de Jornalismo, que será “Violência de Gênero: Convivência em Risco, Futuro em Jogo — Caminhos de Superação”. 

A proposta articula a urgência de um debate sobre a violência de gênero com seus impactos sobre convivência, vínculos, territórios e trajetórias de desenvolvimento, ao mesmo tempo em que abre espaço para reportagens que explorem práticas, políticas e iniciativas que apontem caminhos reais de superação. 

Os dados recentes e as notícias que dominaram o país nos últimos dias evidenciam uma ferida social aberta: a violência de gênero, uma prática que destrói vidas, abala famílias, rompe vínculos comunitários, fragiliza territórios e interrompe futuros. Uma violência que atenta contra a dignidade humana e contra a possibilidade de construirmos cidades mais prósperas, inclusivas e harmoniosas. “Quando pensamos no tema do próximo ano, quisemos explorar a importância da convivência e entendemos que é o momento de convidar o jornalismo brasileiro e especialmente a comunidade jornalística de Campinas e região, a voltar seu olhar para este tema tão urgente, tão humano e tão decisivo para o futuro do nosso país”, completou Nahas. 

Sobre a Fundação FEAC 

A Fundação FEAC é uma organização independente localizada em Campinas, dedicada a criar uma sociedade mais justa e sustentável. Focada em educação, assistência social e promoção humana, a FEAC investe em projetos próprios e em parcerias com outras organizações para apoiar regiões e populações vulneráveis, especialmente crianças e adolescentes. Financiada por recursos próprios e parcerias institucionais, a Fundação é gerida por um Conselho Curador e uma Diretoria Executiva, com uma equipe técnica especializada em suas áreas programáticas. Para mais informações acesse: https://feac.org.br/ 

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