Envelhecimento da população e a importância da autoestima

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O Brasil está envelhecendo. Dados do Censo 2022 divulgados recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o país tem 55 idosos para cada 100 jovens. Metade da população tem até 35 anos. E a outra metade é mais velha que isso. 

O aumento da expectativa de vida impõe uma série de prioridades, nas diferentes esferas da sociedade, para promover um envelhecimento populacional com qualidade de vida.

E esse processo de valorização passa, necessariamente, pelo bem-estar das pessoas idosas. A terceira idade está mais ativa e preocupada com qualidade de vida, com o autocuidado e a autoestima.  

Dados do último censo realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica revelam o crescente aumento da preocupação do público da terceira idade com a aparência. Os números apontam um aumento de quase 10% no número de cirurgias plásticas feitas por pessoas com mais de 65 anos. À medida que a população envelhece, aumenta também o número de pacientes mais velhos que procuram os recursos da medicina estética para viver melhor e em paz com sua autoestima.

Os sinais do envelhecimento são inevitáveis, mesmo entre as pessoas que seguem uma dieta balanceada e têm o hábito regular de praticar exercício físico. Mas muitas vezes, a aparência não reflete o estado de espírito jovial que as pessoas mais velhas sentem. Os procedimentos estéticos podem ser a chave para este equilíbrio.  

Correção de rugas, com aplicação de toxina botulínica, cirurgias na face, rejuvenescimento das mãos, tratamentos a laser e cirurgias nas pálpebras estão entre os procedimentos mais procurados pelas pessoas com 65 anos de idade ou mais.

Apesar de ser uma realidade cada vez mais comum e acessível, a cirurgia plástica, assim como a realização de procedimentos estéticos, exige um cuidadoso planejamento para evitar que o sonho se torne um pesadelo. É preciso conhecer o profissional, saber se a clínica atende aos quesitos exigidos e também se informar sobre a procedência do material utilizado. Muitas vezes, atrás de serviços mais baratos, os pacientes acabam se tornando vítimas de pessoas que não são capacitadas para realizar determinados procedimentos.

E para quem tem mais de 65 anos, os cuidados devem ser redobrados. Além dos exames habituais, o médico precisa realizar uma investigação mais completa e criteriosa para assegurar que o idoso ou idosa tenha condições de se submeter à cirurgia. O processo de recuperação também depende de cada caso. Para evitar qualquer risco, o cirurgião deve sempre respeitar as limitações clínicas de cada paciente.

Samir Eberlin é cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e especialista em cirurgia plástica pela Associação Médica Brasileira.

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