Impulsionadas pelo Natal, vendas de dezembro crescem 5,8%
Em Campinas, o faturamento do comércio no último dia de 2021 foi de R$ 3,081 bilhões e, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o montante atingiu R$ 7,336 bilhões. O e-commerce teve uma expansão de 32%, passando de R$ 837,1 milhões em dezembro de 2020, para R$ 1,105 bilhão.
Os dados de dezembro de 2021 da Boa Vista – SCPC, avaliados em função do nível de faturamento, apresentaram uma elevação de 5,8% em relação a dezembro de 2020, indicando também uma expansão de 134,29% em relação a novembro de 2021, motivada pelos efeitos do Natal e do pagamento do 13º Salário, no final do ano.
De acordo com a avaliação do economista Laerte Martins, diretor da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), nas vendas físicas, o faturamento do comércio de Campinas, em dezembro de 2021, foi calculado em R$ 3,081 bilhões, representando cerca de 105,8% do faturamento de dezembro de 2020, que foi de R$ 2,912 bilhões. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o faturamento de dezembro de 2021 foi estimado em R$ 7,336 bilhões, representando cerca de 105,8% do faturamento de dezembro de 2020, que foi de R$ 6,934 bilhões.
Em dezembro de 2021, nas vendas de “Bens Não Duráveis”, Supermercados evoluíram em 10,5%, Drogarias e Farmácias cresceram em 4,1% e, nos Postos de Combustíveis, 8,5%. Em “Bens Duráveis”, no segmento de Materiais de Construção as vendas evoluíram em 4,1%, enquanto que em Vestuário o crescimento foi de 1,5%. Em Bares e Restaurantes o aumento foi de 1,2% e em Serviços, Turismo e Transportes, 0,95%.
Nas vendas digitais sobre o varejo (e-commerce) o efeito do Natal permitiu uma expansão de 32%, saltando de R$ 837,1 milhões em dezembro de 2020, para R$ 1,105 bilhão em dezembro de 2021.
Inadimplência
A inadimplência em Campinas, entre dezembro de 2021 e de 2020, teve uma elevação superior a 2%, gerando cerca de 237.854 carnês / boletos não pagos, que correspondem a R$ 187,9 milhões em valores de endividamentos. Na RMC, foram gerados 566.319 carnês / boletos não pagos, correspondendo a R$ 447,4 milhões em valores de endividamento, também entre dezembro de 2021 e de 2020.
De acordo com o economista Laerte Martins, diretor da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), “a evolução que o “varejo restrito” de Campinas e Região apresentou, em dezembro de 2021, com uma boa elevação nas vendas, foi motivada pela intensificação do processo de vacinação contra a Covid-19 e pelo incremento nas receitas pelo 13º Salário no final do ano. No entanto, os consumidores foram às compras com mais moderação”, avalia.
Natal
As vendas do Natal de de 2021, avaliada em relação às vendas do mesmo período de 2019 (pré-pandemia), teve uma expansão de 1,7% em Campinas e Região. “Infelizmente, para janeiro de 2022, a previsão é de que os números se deteriorem, principalmente pelos desaranjos dos indicadores da economia, e por ser um ano eleitoral. A forte elevação dos preços dos produtos de primeira necessidade e dos combustíveis provocou um aumento na taxa de inflação de 10,06% em 2021, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA) da FGV. No efeito dessa elevada taxa inflacionária, tem que se considerar a elevação dos juros, através da Selic (9,25%), a desvalorização do Real e a elevação do câmbio, que resultam na perda do poder de compra dos consumidores. Somados a esses indicadores econômicos negativos, mas, com uma melhora dos efeitos da pandemia, o volume de vendas de dezembro de 2021 mostrou um “varejo” mais positivo para Campinas e Região”, diz.