Investimento: conhecimento é fundamental para evitar tombos no mercado de ações

Bolsa de Valores fechou 2020 com mais de 2,6 milhões de investidores formados por pessoas físicas; especialista alerta para risco de se aventurar na modalidade sem informação

A busca por novos investimentos está levando cada vez mais pessoas ao mercado de ações. Cientes de que não é preciso grandes quantidades para investir na bolsa e levadas pelo turbilhão de informações enganosas disseminadas na internet, pessoas comuns se aventuram no mercado financeiro, mesmo sem conhecimento em aplicações arriscadas.

A Bolsa de Valores (B3) fechou o ano de 2020 com mais de 2,6 milhões de investidores formados por pessoas físicas. O especialista em investimentos e gestor financeiro da Roar Educacional, Rogério Araújo, alerta para o risco de ingressar no mercado de ações sem conhecimento ou assessoria especializada. “O entusiasmo sem conhecimento pode levar a grandes prejuízos”, alerta.

Foi o que aconteceu com o empresário Gildazio Junior. Ele começou no mercado internacional de moedas, depois de ver uma propaganda. “Eu fazia os investimentos por meio de aplicativo e no início, como todo mundo, cheguei a ganhar dinheiro. Mas logo veio a quebra e descobri que a modalidade era considerada ilegal no Brasil”, lembra.  Junior passou então a investir em ações. “Cheguei a ter mais de 20 tipos diferentes de ações, sem conhecimento específico do assunto, apenas seguindo algumas indicações. Com a crise perdi mais de 40% do meu patrimônio”, diz.

Com o tombo, Junior decidiu estudar e buscar conhecimento para investir com segurança. “Aprendi que o melhor investimento é o conhecimento. Só entendendo o risco de cada operação é possível minimizar os prejuízos futuros”, afirma.

Mas o caminho da educação financeira nem sempre é o escolhido. “Infelizmente as pessoas são levadas por informações erradas, disseminadas na internet, principalmente nas redes sociais. Mas para entrar na Bolsa de Valores, é preciso ter informação. É um mercado altamente competitivo e arriscado, com pessoas com alto nível de conhecimento tecnológico e econômico”, aponta o especialista.

Rogério Araújo chama a atenção para o caso de uma prefeitura do Sul do país, que ganhou destaque nacional, depois de um funcionário perder  R$ 8 milhões dos cofres públicos supostamente em operações de day trade.

O termo day trade, nome de uma operação de compra e venda de ações de uma mesma empresa, realizada em um único dia na bolsa de valores, tornou-se um dos mais pesquisados nos sites de busca. Por causa do seu altíssimo risco, o especialista Rogério Araújo recomenda que operações como esta sejam feitas por profissionais.  

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