USP é única universidade brasileira a classificar time para final mundial de programação nos últimos quatro anos

Equipes do ICMC vem mantendo boas colocações na competição desde 2017; estudantes desenvolvem estudos e treinamentos continuamente por meio de um grupo de extensão

“Participar da maratona de programação é sempre uma experiência muito gratificante, ainda mais neste período de pandemia, com tantas mudanças e novidades.” É assim que o estudante Frederico Bulhões, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, resume a experiência de fazer parte de uma das 799 equipes de 196 universidades brasileiras que disputaram a 25ª edição da Maratona de Programação.

Na final da competição, realizada nos dias 9 e 10 de julho, o time Deitando no gramado, do qual Frederico participa, conquistou a medalha de prata, consagrando-se como a 4ª melhor equipe brasileira na Maratona, e conseguiu se classificar para a etapa mundial da disputa, o International Collegiate Programming Contest (ICPC). “Estamos muito felizes pela medalha e por poder representar o ICMC na final mundial”, completa o estudante.

Além de Frederico, a equipe conta com a participação de mais dois estudantes, todos alunos do curso de Ciências de Computação do ICMC: André Fakhoury e Lucas Turci. Para orientar o time, houve ainda a contribuição de mais dois mestrandos do Instituto: Samuel Ferreira exerceu o papel de técnico e Guilherme Tubone, o de técnico assistente.

“Com essa conquista, a USP se torna a única universidade brasileira a classificar, nos últimos quatro anos, um time para a final mundial”, comemora o professor João Batista do Espírito Santo, que coordena o Grupo de Estudos para a Maratona de Programação (GEMA).

Criado em 2007 no ICMC, o grupo de extensão realiza, durante todo o ano, treinamentos e reuniões para preparar os estudantes interessados em enfrentar desafios de programação. “A conquista é uma amostra da nossa regularidade e da renovação dos participantes do GEMA”, completa o professor.

“Isso mostra a força do nosso grupo de extensão e do ensino do ICMC como um todo. Todos os integrantes do GEMA colaboraram para que esse resultado fosse possível e iremos continuar trabalhando para que essa sequência continue por muitos anos”, diz Samuel.

O mestrando sabe muito bem do que está falando: ele tem no currículo uma série de conquistas nas edições anteriores da competição. Samuel fez parte do time campeão da Maratona de Programação em 2018, levando o ICMC à final mundial de 2019 em Portugal. Ele também foi membro do time vice-campeão em 2017, que deu o direito do Instituto participar da final mundial em 2018, realizada em Beijing, na China.

O técnico assistente também tem medalha no currículo: Guilherme participou da equipe que obteve medalha de prata em 2019, que garantiu vaga para a competição mundial de programação na Rússia no ano passado.

Mais time – Além do Deitando no gramado, o time Cuscuz com cachaça ficou em 19º lugar nesta última edição da Maratona. Fizeram parte dessa equipe outros três estudantes de Ciências de Computação do ICMC: Dikson Ferreira dos Santos, Fernando de Souza Lincoln e Thiago Sena de Queiroz.

Os mestrandos Samuel e Guilherme inverteram os papéis no apoio ao time: Guilherme foi o técnico e Samuel, o técnico assistente. “Este ano, todas as fases da competição foram realizadas remotamente e houve algumas adaptações. Geralmente, a prova tem duração de cinco horas, e apenas um computador disponível para os três integrantes dos times. Desta vez, a duração foi de quatro horas e permitiram a utilização de múltiplos computadores”, explica Samuel.

“Em um ano atípico, fico muito feliz porque a gente conseguiu manter o ritmo de treinos e se adaptar bem para trazer mais uma medalha para o ICMC. É uma experiência sensacional, e saber que nossos esforços foram recompensados é muito bom”, finaliza o medalhista Lucas.

Ele e os demais participantes do Deitando no gramado ainda não sabem onde e quando ocorrerá a final mundial. A definição está dependendo da evolução da pandemia no mundo. Eles mantêm a esperança de que a competição possa acontecer presencialmente no próximo ano.  

Texto: Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC-USP

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